O Mundo Árabe é composto por 22 países, vários deles com imigração para o Brasil.
A imigração árabe para o Brasil deu-se a partir de 1835, sendo que até 1900, os imigrantes procuravam fortuna e liberdade do Império Otomano que controlava a região. Os sírio-libaneses foram para o norte, atrás da borracha e para o sul, atrás do café. Mas, apesar de se espalharem por todo o território nacional, houve uma concentração na cidade de São Paulo, principalmente na região da Rua 25 de Março.
O Mundo Árabe é composto por 22 países, vários deles com
imigração para o Brasil.
A imigração árabe para o Brasil deu-se a partir de 1835,
sendo que até 1900, os imigrantes procuravam fortuna e liberdade do Império
Otomano que controlava a região. Os sírio-libaneses foram para o norte, atrás
da borracha e para o sul, atrás do café. Mas, apesar de se espalharem por todo
o território nacional, houve uma concentração na cidade de São Paulo,
principalmente na região da Rua 25 de Março.
No início do século a rua 25 de Março era
conhecida como rua dos árabes, e até hoje, a celebração do dia nacional da
comunidade árabe no Brasil é 25 de Março. A rua foi criada em 1825 e foi
ocupada por libaneses, jordanianos, egípcios, sírios, palestinos e iraquianos.
Entre 1900 e 1918 a revolução constitucional do Império
Otomano obrigava a todos os jovens a seguir o exercito. Isto provocou nova onda
migratória, de estimulo próprio e com capital para abertura de pequenas lojas
no interior.
Na terceira fase migratória, entre 1918 e 1950 vieram
famílias inteiras definitivamente para o Brasil e o capital já não era mais
totalmente remetido ao país de origem. Em 1950, São Paulo já tinha 70 mil
árabes. Maioria síria – libanesa (árabes
cristãos), até 1943 era um só país.
A partir da década de 50, vieram para a cidade e se
espalharam para os bairros periféricos como São Miguel, Penha e Santo Amaro,
com concentração na área central nos bairros do Brás e do Pari. Estes últimos
ainda concentram uma significante comunidade, que conta com mesquita, lojas de
roupas, artigos de alimentação, açougues de cortes halal e restaurantes
específicos. Halal significa lícito e segue preceitos do Alcorão no sacrifício
do animal.
De 1975 a 1991, nova onda migratória, sendo que desta vez,
muitos imigrantes islâmicos.
Atualmente são 12 milhões de árabes e descendentes no
Brasil, com 2,5 milhões só em São Paulo. Um descendente em cada município
brasileiro. Devido a atividade de mascate, os imigrantes árabes percorreram
todas as regiões em busca de mercado.
Os descendentes de árabe ocupam cargos políticos de norte a
sul do país, assim como são profissionais de engenharia e saúde.
Com tantos imigrantes e descendentes, a gastronomia árabe
está enraizada na cidade de São Paulo há muito tempo. Por isso são muitos os
restaurantes que oferecem pratos árabes.
Talvez porque a cozinha árabe ofereça um bom equilíbrio
entre carnes, verduras e legumes.
O momento da alimentação tem uma importância diferenciada
para os árabes, que o utilizam para se comunicar, se reunir e se congratular.
Por isso as refeições são sempre muito fartas e os convidados são encorajados a
se alimentarem bem. Fartura é um adjetivo da gastronomia árabe.
A carne mais apreciada é a do carneiro, muitas vezes também
chamado de cordeiro. Ele está presente em inúmeros pratos de toda a região
árabe. São utilizados muitos grãos e frutas nas receitas, o que garante sabores
marcantes e delicados ao mesmo tempo. Mas, se existe uma marca significante na
cozinha árabe é o uso de especiarias. São utilizadas em abundancia em quase
todas as receitas, de saladas a pratos quentes e até mesmo em seus quibes e
esfihas, passando pelas entradas e bebidas, garantindo perfume a alguns deles e
aromas.
Estas especiarias já são utilizadas há muito tempo, pois os
povos da região, principalmente beduínos, distribuíam as mercadorias vindas da Ásia
para toda a Europa e região. Logo assimilaram muito destes produtos em sua
culinária.
Do gado é principalmente utilizado o leite para a produção
da coalhada.
KIbe e esfiha: Estes quitutes em especial, ganharam várias
versões e variações por toda a cidade e que faz muito sucesso há anos com a
população. Tanto que foram inauguradas franquias de restaurantes com estas
vertentes culinárias e muitas lanchonetes oferecem estes salgados com recheios
variados para agradar o paladar dos brasileiros.
Não é à toa que o brasileiro é considerado como um dos
maiores apreciadores da culinária árabe em todo o mundo.
Nesta edição de A Mesa do Mundo, pretendemos retratar quanto
e o quê desta maravilhosa vertente gastronômica é oferecido na cidade.
Infelizmente não pudemos estar em todos os restaurantes, mas conseguimos
abordar muitos pratos, sabores e informações, notadamente da cozinha
sírio-libanesa.
Bem vindos à farta mesa árabe e sua representação em São
Paulo.
No início do século a rua 25 de Março era
conhecida como rua dos árabes, e até hoje, a celebração do dia nacional da
comunidade árabe no Brasil é 25 de Março. A rua foi criada em 1825 e foi
ocupada por libaneses, jordanianos, egípcios, sírios, palestinos e iraquianos.
No início do século XX já eram 50 mil árabes no Brasil.
Entre 1900 e 1918 a revolução constitucional do Império
Otomano obrigava a todos os jovens a seguir o exercito. Isto provocou nova onda
migratória, de estimulo próprio e com capital para abertura de pequenas lojas
no interior.
Na terceira fase migratória, entre 1918 e 1950 vieram
famílias inteiras definitivamente para o Brasil e o capital já não era mais
totalmente remetido ao país de origem. Em 1950, São Paulo já tinha 70 mil
árabes. Maioria síria – libanesa (árabes
cristãos), até 1943 era um só país.
A partir da década de 50, vieram para a cidade e se
espalharam para os bairros periféricos como São Miguel, Penha e Santo Amaro,
com concentração na área central nos bairros do Brás e do Pari. Estes últimos
ainda concentram uma significante comunidade, que conta com mesquita, lojas de
roupas, artigos de alimentação, açougues de cortes halal e restaurantes
específicos. Halal significa lícito e segue preceitos do Alcorão no sacrifício
do animal.
De 1975 a 1991, nova onda migratória, sendo que desta vez,
muitos imigrantes islâmicos.
Atualmente são 12 milhões de árabes e descendentes no
Brasil, com 2,5 milhões só em São Paulo. Um descendente em cada município
brasileiro. Devido a atividade de mascate, os imigrantes árabes percorreram
todas as regiões em busca de mercado.
Os descendentes de árabe ocupam cargos políticos de norte a
sul do país, assim como são profissionais de engenharia e saúde.
Com tantos imigrantes e descendentes, a gastronomia árabe
está enraizada na cidade de São Paulo há muito tempo. Por isso são muitos os
restaurantes que oferecem pratos árabes.
Talvez porque a cozinha árabe ofereça um bom equilíbrio
entre carnes, verduras e legumes.
O momento da alimentação tem uma importância diferenciada
para os árabes, que o utilizam para se comunicar, se reunir e se congratular.
Por isso as refeições são sempre muito fartas e os convidados são encorajados a
se alimentarem bem. Fartura é um adjetivo da gastronomia árabe.
A carne mais apreciada é a do carneiro, muitas vezes também
chamado de cordeiro. Ele está presente em inúmeros pratos de toda a região
árabe. São utilizados muitos grãos e frutas nas receitas, o que garante sabores
marcantes e delicados ao mesmo tempo. Mas, se existe uma marca significante na
cozinha árabe é o uso de especiarias. São utilizadas em abundancia em quase
todas as receitas, de saladas a pratos quentes e até mesmo em seus quibes e
esfihas, passando pelas entradas e bebidas, garantindo perfume a alguns deles e
aromas.
Estas especiarias já são utilizadas há muito tempo, pois os
povos da região, principalmente beduínos, distribuíam as mercadorias vindas da Ásia
para toda a Europa e região. Logo assimilaram muito destes produtos em sua
culinária.
Do gado é principalmente utilizado o leite para a produção
da coalhada.
KIbe e esfiha: Estes quitutes em especial, ganharam várias
versões e variações por toda a cidade e que faz muito sucesso há anos com a
população. Tanto que foram inauguradas franquias de restaurantes com estas
vertentes culinárias e muitas lanchonetes oferecem estes salgados com recheios
variados para agradar o paladar dos brasileiros.
Não é à toa que o brasileiro é considerado como um dos
maiores apreciadores da culinária árabe em todo o mundo.
Nesta edição de A Mesa do Mundo, pretendemos retratar quanto
e o quê desta maravilhosa vertente gastronômica é oferecido na cidade.
Infelizmente não pudemos estar em todos os restaurantes, mas conseguimos
abordar muitos pratos, sabores e informações, notadamente da cozinha
sírio-libanesa.
Bem vindos à farta mesa árabe e sua representação em São
Paulo.
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